segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"Vinha o tobiano no laço
como dourado na linha!
Ligeiro como tainha
como traíra de açude!
Dando mais pulos e saltos
que um calcuta na rinha!
Haaa! ... quanto a sorte é mesquinha
não hai feitiço que ajude!"
                                                                                                                           Aureliano de Figueiredo Pinto

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

                                  "POIS TUDO EU POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE"


quinta-feira, 26 de maio de 2011

" No galpão"
"Por vezes, só para confrontar a quietude,
os campeiros se lançam num cantochão uníssono,
embalados pela “oito baixos”, ou num violão milongueiro."
"De rédea frouxa" - Adriano Medeiros

sábado, 19 de março de 2011

"el pulpero"
 (trab. em cerne aberto)

"Y cáibamos al cantón
Con los fletes aplastaos,
Pero a veces medio aviaos
Con plumas y algunos cueros,
Que pronto con el pulpero
Los teníamos negociaos.

Era un amigo del jefe
Que con un boliche estaba;
Yerba y tabaco nos daba
Por la pluma de avestruz,
Y hasta le hacía ver la luz
Al que un cuero le llevaba.

Solo tenía cuatro frascos
Y unas barricas vacías,
Y a la gente le vendía
Todo cuanto precisaba...
Algunos creiban que estaba
Allí la proveduría.

!Ah, pulpero habilidoso!
Nada le solia faltar.
!Ahijuna!, para tragar
Tenía un buche de ñandú;
La gente le dió en llamar
-El boliche de virtú.-"

                                Martin Fierro
                                Jose Hernandes

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

" A estampa"
(trab. quadro em MDF)

"...E assim aprendeu com o cusco
Quanto vale uma amizade,
Como é lindo a lealdade
E o campechano viver...
Veio então a compreender
Que amigo fiel não perdemos,
Por ser chama que acendemos
Com brasas do bem-querer..."
                                                             Cristiano Ferreira e Claudio Silveira

"Em forma"
(trab. couro sobre costaneira)

"Nasceu e morreu cavalo...
... e várias vezes veio a nascer...
viver... e morrer cavalo...
Porém Deus, que tudo sabe... de seu trono onipotente
- de há muito tempo passado já havia determinado:
“... cavalo, te pus no mundo para que ajude meus filhos
a cumprir com todo o empenho as tarefas que lhes dei!”
“- Senhor meu Deus dos cavalos:
eu vos suplico em final....
... derrama tua divindade...
... semeando, na humanidade, o respeito e a bondade...
... na convivência terrena entre homem e animal!..."
                                                                                Guilherme Collares
"O reprodutor"
(trab. em cerne aberto)

Noutra feita, um touro pampa
que refugava o rodeio,
boleou a anca e se veio
atropelando o cavalo.
Livrou o pingo da carga
e se juntou com o touro.
De encontro sobre a paleta
contra aquela massa bruta,
sem deixar virar de frente,
ia baixando o trançado
com toda força do braço.
                                           Colmar Duarte
" El Canário"
(trab. em quadro MDF)

"...Assim aprendeu ao tranco
E ao tranco vive a aprender...
‘...Alma centaura por certo,
Pela linguagem e a estampa,
Um rancho no campo aberto
Quinchado por céu de pampa!...’"
                                                            Cristiano Ferreira e Cláudio Silveira
"Pingos"
(trab. sobre costaneira / desenho de Lauren De Bacco)

"Em cada ronda da vida
eu tive um pingo de lei.
Montado, sou como um rei,
pelo garbo e o entono.
Cavalo pra mim é um trono:
e neste trono me criei."
                             Guilherme Schultz filho

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Deixando o pago" (trab. em cerne aberto)

"Alcei a perna no pingo
E saí sem rumo certo,
Olhei o pampa deserto
E o céu fincado no chão,
Troquei as rédeas de mão,
Mudei o pala de braço
E vi a lua no espaço
Clareando todo o rincão."
                
                                            João da Cunha Vargas

"Na lida"
(trab. em cerne aberto/desenho de Lauren De Bacco)

"Como é linda a liberdade
Sobre o lombo do cavalo
E ouvir o canto do galo,
Anunciando a madrugada,
Dormir na beira da estrada
Num sono longo e sereno
E ver que o mundo é pequeno
E que a vida não vale nada."


                      João da Cunha Vargas
"Campo a fora"

"Quando me dei por conta
A vida potra ia de cola alçada
campo a fora.
Ponteava uma tropilha de quimeras,
Gavionando – ventena – nos varzedos;
Sem o som do cincerro das “madrinhas”,
Sem marcas de bocal ou de colheras. "

                    
                                                 Colmar Pereira Duarte
"Suffolk"

" Criar ovelhas, apartar rebanhos.
é preciso ciência de campeiro,
para entender de velos e de raças,
e saber que o rebanho mais viceja,
debaixo dos cuidados de seu dono..."

                              Antônio Augusto Ferreira
"Enxaguado"

" Nos quatro cantos "
"Tomara que meus parceiros,
-Irmãos de preces e amargos-
retratem e botem moldura nesse quadro campechano:
-Numa tropilha de nuvens,
que cruzam os quatro cantos do meu Rio Grande altaneiro"

                                      José Carlos Pereira