sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

" A estampa"
(trab. quadro em MDF)

"...E assim aprendeu com o cusco
Quanto vale uma amizade,
Como é lindo a lealdade
E o campechano viver...
Veio então a compreender
Que amigo fiel não perdemos,
Por ser chama que acendemos
Com brasas do bem-querer..."
                                                             Cristiano Ferreira e Claudio Silveira

"Em forma"
(trab. couro sobre costaneira)

"Nasceu e morreu cavalo...
... e várias vezes veio a nascer...
viver... e morrer cavalo...
Porém Deus, que tudo sabe... de seu trono onipotente
- de há muito tempo passado já havia determinado:
“... cavalo, te pus no mundo para que ajude meus filhos
a cumprir com todo o empenho as tarefas que lhes dei!”
“- Senhor meu Deus dos cavalos:
eu vos suplico em final....
... derrama tua divindade...
... semeando, na humanidade, o respeito e a bondade...
... na convivência terrena entre homem e animal!..."
                                                                                Guilherme Collares
"O reprodutor"
(trab. em cerne aberto)

Noutra feita, um touro pampa
que refugava o rodeio,
boleou a anca e se veio
atropelando o cavalo.
Livrou o pingo da carga
e se juntou com o touro.
De encontro sobre a paleta
contra aquela massa bruta,
sem deixar virar de frente,
ia baixando o trançado
com toda força do braço.
                                           Colmar Duarte
" El Canário"
(trab. em quadro MDF)

"...Assim aprendeu ao tranco
E ao tranco vive a aprender...
‘...Alma centaura por certo,
Pela linguagem e a estampa,
Um rancho no campo aberto
Quinchado por céu de pampa!...’"
                                                            Cristiano Ferreira e Cláudio Silveira
"Pingos"
(trab. sobre costaneira / desenho de Lauren De Bacco)

"Em cada ronda da vida
eu tive um pingo de lei.
Montado, sou como um rei,
pelo garbo e o entono.
Cavalo pra mim é um trono:
e neste trono me criei."
                             Guilherme Schultz filho

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Deixando o pago" (trab. em cerne aberto)

"Alcei a perna no pingo
E saí sem rumo certo,
Olhei o pampa deserto
E o céu fincado no chão,
Troquei as rédeas de mão,
Mudei o pala de braço
E vi a lua no espaço
Clareando todo o rincão."
                
                                            João da Cunha Vargas

"Na lida"
(trab. em cerne aberto/desenho de Lauren De Bacco)

"Como é linda a liberdade
Sobre o lombo do cavalo
E ouvir o canto do galo,
Anunciando a madrugada,
Dormir na beira da estrada
Num sono longo e sereno
E ver que o mundo é pequeno
E que a vida não vale nada."


                      João da Cunha Vargas
"Campo a fora"

"Quando me dei por conta
A vida potra ia de cola alçada
campo a fora.
Ponteava uma tropilha de quimeras,
Gavionando – ventena – nos varzedos;
Sem o som do cincerro das “madrinhas”,
Sem marcas de bocal ou de colheras. "

                    
                                                 Colmar Pereira Duarte
"Suffolk"

" Criar ovelhas, apartar rebanhos.
é preciso ciência de campeiro,
para entender de velos e de raças,
e saber que o rebanho mais viceja,
debaixo dos cuidados de seu dono..."

                              Antônio Augusto Ferreira
"Enxaguado"

" Nos quatro cantos "
"Tomara que meus parceiros,
-Irmãos de preces e amargos-
retratem e botem moldura nesse quadro campechano:
-Numa tropilha de nuvens,
que cruzam os quatro cantos do meu Rio Grande altaneiro"

                                      José Carlos Pereira
                                                                  Porta chaves em MDF


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Chimarreando"

"Amargo doce que sorvo
num beijo em lábios de prata!
Tens o perfume da mata
molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno
que passa de mão em mão
traduz no meu chimarrão
em sua simplicidade,
a velha hospitalidade
da gente do meu rincão."
                                     Glauco Saraiva